Montenegro Prioriza Economia e Exclui Acordos com Outros Partidos

Luís Montenegro foi oficialmente nomeado primeiro-ministro de Portugal esta quinta-feira pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa, após a vitória da Aliança Democrática (AD) nas eleições legislativas. Em suas primeiras declarações, Montenegro prometeu um governo "focado nas principais preocupações dos portugueses", com ênfase no crescimento económico, rendimentos das famílias e competitividade das empresas, rejeitando qualquer acordo com outros partidos 1.

Prioridades: Economia, Saúde e Educação

Montenegro destacou que o Executivo trabalhará para:

• Impulsionar a economia, com medidas que aumentem a produtividade e o poder de compra.

• Transformar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e reforçar a escola pública, garantindo "exigência e qualidade".

• Regular o setor da imigração, assegurando "dignidade e ordem", e intensificar o policiamento de proximidade 12.

O primeiro-ministro adiantou que a equipa ministerial será anunciada "nos próximos dias" e será "necessariamente nova", com energia renovada para os próximos quatro anos.

Maioria Relativa e Diálogo sem Alianças

Apesar da AD ter conquistado mais de dois milhões de votos e uma "maioria relativa robusta", Montenegro descartou coligações: "O nosso parceiro são os portugueses, não haverá acordos com outras forças políticas". No entanto, afirmou estar aberto ao diálogo parlamentar para "fazer prevalecer o interesse nacional" 14.

Habitação e Energia: Desafios Imediatos

O novo governo herda crises urgentes, como a escassez de habitação acessível — um tema abordado no Orçamento do Estado para 2025, que prevê a construção de 59 mil casas públicas 2 — e os efeitos do apagão de abril, que expôs fragilidades energéticas e gerou críticas à gestão de crises 4.

Revisão Constitucional Adiada

Sobre uma eventual reforma da Constituição, Montenegro foi claro: "Não é prioridade". O foco imediato será a execução de políticas económicas e sociais, deixando o debate para "mais tarde" 1.

Próximos Passos: A cerimónia de tomada de posse ocorrerá após a sessão inaugural do novo Parlamento, marcando o início de um mandato que promete ser desafiante, entre expectativas de crescimento e pressões políticas fragmentadas 14.